Na vida, às vezes é preciso parar, analisar e escolher o melhor caminho a seguir. Em outras ocasiões tudo parece estagnado, o marasmo parece criar raízes e piorar com os dias. E o que dizer quando é preciso parar seus planos por um tempo indeterminado?
Em várias ocasiões temos que cuidar de um ente querido em tempo integral com dedicação e amor, tanto que como cuidadores deixamos de cuidar de nós mesmos. A Síndrome de Burnout é conhecida como a síndrome dos cuidadores que não se cuidam. O sentimento de compaixão para com os semelhantes possui o poder de anular nosso pior inimigo: o egoísmo. Esta falha é uma chaga que corrói nossa sociedade de dentro para fora e incentiva a manutenção de casulos de interesse: primeiro o meu, depois os do meu entorno, e por último talvez os outros se outro parente não aparecer.
Nesta terra estranha todos são estranhos sujeitos, inimigos subjetivos de todos os que possam nos ameçar o status. Tudo isto segundo alguns estudiosos do evolucionismo dizem ser resquícios da nossa competitividade reptiliana.
Atualmente isto se traduz na ida a estádios e a devoção por um time, a própria competição lembra o período romano e os coliseus onde uma população inteira vestia-se e sentava-se dignamente para assistir alguns desafortunados virarem comida das feras.
Daí vem algumas perguntas:
– Porque ninguém protestava?
– E que diabos de graça tinha ver alguém morrer de uma forma tão desgraçada?
– Não seria melhor pegar o pão oferecido pelos governantes e ir para casa?
O exercício do sadismo e voyeurismo está incrustado no ser humano, basta observar um acidente de trânsito, uma briga ou um incêndio sempre há a reunião de um aglomerado que nada faz senão observar. A tragédia alheia dá-nos satisfação visto que somos perfeitos juízes ordinários e condenadores natos de tudo e todos, hipócritas por natureza, o sublime e o profano convivem em nosso interior como em simbiose profunda, um não pode existir sem o outro. Num momento estamos subindo o mais alto monte da resignação e no outro estamos feito porcos chafurdando na lama de nossas mesquinharias.
Assim ora estacionamos, ora estamos galgando o sucesso de uma sólida carreira. O importante de cada momento é a ponderação da importância que cada momento nos trás. Se estamos inteiros vivendo o momento, e suportando as dificuldades então estamos crescendo, aprendendo a sermos melhores para o futuro, entretanto repito é recessário estarmos totalmente voltados para o agora e entender o porquê deste tempo de parada, este standby pode ser necessário para nosso próprio bem. Que tal aproveitar para estudar, ou colocar a leitura em dia?
Se parou para cuidar de um parente não deixe de olhar um pouco para si também, pois não conseguirá cuidar de ninguém se cair enfermo também.
Estacionar é tão necessário quanto progredir, e faz parte da evolução tanto quanto o progresso. Os saltos são mecanismos importantes, e de tempos em tempos temos reviravoltas inesperadas que mudam nossa situação, em alguns casos não temos controle sobre elas, porém na maioria das situações temos que fazer acontecer.
é verdade! as vezes acontecem coisas que não temos como fugir, mais temos que pedi a Deus muita força e serenidade, já passei por momentos assim sei o quanto é difícil.